11/10/2024
O processo de captura e armazenamento de carbono (CCS na sigla em inglês) a partir da produção de etanol é o mais eficiente que existe, por se tratar da remoção de CO2 que seria lançado na atmosfera. A explicação vem da especialista no tema e consultora americana em energia Sallie E. Greenberg, Ph.D. com mais de 25 anos de experiência em gestão de carbono.
Greenberg estará em São Paulo (SP) como palestrante do Carbonless Summit, marcado para os dias 4 e 5 de novembro. Com a participação de especialistas do Brasil, Canadá, Estados Unidos, Europa e Arábia Saudita, o encontro vai examinar temas como a utilização de tecnologias para viabilizar o armazenamento de carbono e com isso, aumentar ainda mais a redução de emissões atingida pelo uso do etanol e gerar novas receitas para usinas que produzem etanol.
"O CCS no etanol impede a entrada na atmosfera de carbono que, de outra forma, seria emitido", assinala a especialista, acrescentando ainda que: "o CO2 gerado na produção de etanol é ainda o mais indicado para armazenamento porque se trata do mais puro, com elevada concentração de carbono com um pouco de água. Isso o torna facilmente capturável e desidratado quando a água é removida".
O Brasil tem potencial de captura de carbono em torno de 200 milhões de toneladas de CO2 equivalente por ano, considerando o nível atual de atividade econômica do país. Neste sentido, o mercado brasileiro de captura e armazenamento de carbono no solo tem perspectiva de movimentar entre R$ 14 e R$ 20 bilhões anuais, com participação significativa do setor de etanol, indicam estimativas da CCS Brasil, uma das entidades organizadora do Carbonless Summit junto com a empresa Hidroplan. Já o mercado mundial de CCS deve movimentar US$ 3,54 bilhões em 2024, com estimativa de atingir US$ 14,51 bilhões em 2032.
Fonte: MediaLink Comunicação Corporativa – Foto: Reprodução RPA News